24.11.02



Rewind

Na quinta-feira, assim que saí do jornal, fui ao Paço Imperial, para a abertura da Imagem do Som, quinta edição do projeto do Felipe Taborda: a idéia básica é distribuir 80 músicas entre 80 artistas plásticos & similares e ver o que acontece. O resultado é, previsivelmente, o mais disparatado possível: há sacadas geniais e porcarias inomináveis, trabalhos delicados e sutis e obviedades paquidérmicas.

Este é um caso em que o conjunto é definitivamente superior à soma das partes.

Até aqui, a série vinha abordando o trabalho de um específico compositor: Caetano, Chico, Gil e Tom foram a base das primeiras exposições. Mas este ano a coletiva foi dupla, baseada no Rock-Pop. A nossa trilha sonora dos últimos anos está toda lá, de Maracatu Atômico (Rosa Magalhães, um dos meus favoritos) a Garota Dourada (Luiz Stein: weird!), passando por Ouro de Tolo (Gringo Cardia, ótimo!), Só Você (lindo vídeo da Anna Bella Geiger), Caminhante Noturno (meu queridíssimo Amador Perez, irreconhecível), Weekend (Fernando Lopes, outro dos meus favoritos) e Negro Gato (Antonio Bernardo -- preciso dizer alguma coisa?).

Não deu pra ver nem a metade, é lógico. Todos os jornalistas do Rio estavam lá, batendo papo com todos os artistas e mais uma quantidade de músicos. A cada dois passos eu encontrava algum amigo ou me desencontrava de outro.

Tenho que voltar.

Pena que o trabalho mais gostoso já era: para ilustrar Vital e sua moto, Verônica D'Orey fez um bolo em forma de roda de moto, que partiu e serviu aos convidados. Estava uma delícia.

É, eu tenho um fraco por arte comestível.

A Imagem do Som fica no ar até março, no Paço Imperial, de terça a domingo, das 12 às 18h30.

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